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Da necessidade de uma melhor caracterização e de encaminhamentos para as especificidades das mulheres negras, que , em quanto cidadãs membro de nossa sociedade materializam a tríade gênero, raça e classe, na década perdida , no dia 10 de janeiro de 1989 fundamos a Comissão de Mulheres Negras de Campinas.

Formado por mulheres oriundas de diversos movimentos sócias e populares (de mulheres, de negros, sindical, de juventude) e também mulheres que ainda não haviam despertado a consciência questionadora herdadas de nossas deusas ancestrais. Em 1991 após a dolorosa perda de nossa amiga e companheira Vó nina, Laudelina de campos Mello, decidimos por homenageá-la colocando em nossa organização o nome desta mulher negra que é para nós um exemplo de articuladora das questões de gênero, raça e classe .

A atuação das Laudelinas foi por muito tempo polarizada entre as articulações sobre os direitos sexuais das mulheres e das(os) jovens negras(os) , formação e sensibilização política e ancestralidade/religiosidade. Na parte de direitos sexuais criamos os ciclos de oficinas para a juventude negra coordenado pelo grupo de trabalho sobre juventude, que iniciou em 1992 e atua ate hoje. Na parte de cultura temos os nosso Jantar das Iabas e na parte de formação os seminários, oficinas, cursos, e simpósios realizados conjuntamente com entidades d gênero, raça e classe de nossa cidade estado e pais. Essas atividades formam a marca da nossa organização.

Passaram-se 15 anos de encontros e desencontros; eventos, festas e choros; seminários , oficinas e desmanches. Mudamos as fórmulas de articulação. Trocaram-se, retrocaram-se e destrocaram-se as integrantes. Mudamos de sede. Mudamos até de nome, agora com o registro legal da organização passamos a nos denominar casa Laudelina de Campos Mello- organização da mulher negra. O que não mudou foi o objetivo de propiciar uma visão ampla e questionadora de todos os focos de descriminação e intolerância de nossa sociedade.

Nós Laudelinas

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