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Laudelina de Campos Mello

D. Laudelina de Campos Mello, nasceu em 12 de outubro de 1904 em Poços de Caldas - Minas Gerais e faleceu em 1991 Em Campinas/SP. Teve um infância pobre e cursou até o terceiro ano no Grupo Escolar David Campestre. No nosso entendimento se transformou na maior militante negra do início do século até os últimos tempos, pois se destacou, por seu sentido de luta, transformado em uma autonomia e coragem moral, que lhe possibilitou ter a inventividade moral, isto é, a capacidade de criar, a partir das tradições culturais afro-brasileiras vigentes, padrões historicamente novos de denúncia. Iniciou sua militância em organizações negras aos dezesseis anos, em Poços de Caldas. Foi a primeira Presidente do Clube 13 de Maio, o qual tinha finalidades recreativas. Permaneceu até inícios da década de 30 na organização e participação de associações de lazer e prestações de serviços beneficentes, atuando muito mais na cidade de Santos. Os anos de 1933 a 1963, foram o auge de sua militância no Movimento Negro. Esse período é expressivo pela continuidade de suas ações e, principalmente, porque no início dos anos 1930 ela dá um caráter político, reivindicatório a sua luta. anos, em Poços de Caldas. e participação de associações de lazer e prestações de serviços beneficentes, atuando muito mais na cidade de Santos. Os anos de 1933 a 1963, foram o auge de sua militância no Movimento Negro. Esse período é expressivo pela continuidade de suas ações e, principalmente, porque no início dos anos 1930 ela dá um caráter político, reivindicatório a sua lutade condenação ao que existe. (Moore, 1987)
Esta líder participou de várias facções do Movimento Negro no período de 20, 30, 40, e pôde perceber o nível das consciências negras diluídas nos elementos da realidade, conseguindo sintetizar, veicular e catalisar o conjunto de idéias dispersas entre a população negra, organizada em diversos grupos, os quais tinham, apesar dos conflitos, objetivos reivindicatórios comuns, isto é, acesso ao recursos materiais, mais especificamente o trabalho.
D. Laudelina tenta dar um caráter mais político à luta do nega. O exposto mostra que D. Laudelina tinha claro de que a identidade negra no Brasil pára no campo da cultura, perdendo sua força de ideologia étnica no campo político, para se confundir, muitas vezes no discurso do cidadão, ou em um outro tipo de alienação política.
Por isso ela falava da necessidade de união entre a classe operária, mulher e negro. Gramsci no texto “A questão Meridional”, atribui às alianças uma condição fundamental na hegemonia do proletário, constituindo-se numa estratégia para o enfrentamento da burguesia.
D. Laudelina no decorrer de toda a sua caminhada buscou uma aliança entre os diversos micro-grupos-étnicos, isto é, as diversas faccões organizadas da população negra, e isso implicou e implica, um complexo sistema étnico político estabelecido no interior desses próprios grupos.
Ela acreditava que o negro deveria eliminar qualquer relação de opressão política e preconceitos internos estabelecendo efetivamente uma relação de aliança, priorizando o que é essencial para a maioria da população negra.

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